EDIÇÃO ÑANDUTI

Os guarani compõem hoje o grupo indígena mais populoso do país, com cerca de 70 mil habitantes no Brasil e mais 200 mil no Paraguai, Argentina e Bolívia. "Ñanduti" (ou "Nhanduti") é a palavra que eles usam para nomear as teias feitas pelas aranhas (ñandu). Alguns bordados tradicionais do Paraguai também recebem esse nome, assim como a grande teia de comunicação que é a Internet – chamada "Ñanduti Guaçu" (grande teia) ou "Momarandu Ñanduti" (teia de informação).

Nesta edição, a OBL imergiu na rede que nos conecta, com round online e uma vida virtual mais pulsante, que nos convida a nos conectarmos a outras teias espalhadas por esse mundo enorme, cheio de cores, sons e insetos.

PRIMEIRA FASE

Pela primeira vez, a primeira fase aconteceu de forma online, podendo ser feita pelo site ou por um aplicativo específico. A prova esteve aberta no sistema de 10 a 13 de Novembro de 2016, e contou com cerca de 900 estudantes, provenientes de 287 escolas (além da categoria aberta), de 24 dos 27 estados da federação. Os 24 problemas de múltipla escolha envolviam diferentes temas de língua, linguagem, cultura e cognição.

SEGUNDA FASE

A segunda fase ocorreu no dia 3 de Dezembro de 2016, em 24 pólos espalhados pelo país + 41 aplicações locais. Cerca de 470 participantes resolveram problemas envolvendo símbolos adinkra, horas em udmurte, trava-dedos na língua de sinais britânica, análise de texto em tetum, frases negativas em africâner e semântica do munduruku.

A partir desta prova foram distribuídas 17 medalhas de papel (prêmio I), 45 medalhas de pergaminho (prêmio II), 77 medalhas de papiro (prêmio III), 128 medalhas de palma (prêmio IV).

ELO 2017

Os 62 estudantes ganhadores das medalhas de papel e pergaminho foram convidados para a VI Escola de Linguística de Outono, que ocorreu entre 25 e 30 de Maio de 2017, na Universidade de Brasília (UnB). Lá os estudantes tiveram palestras, oficinas atividades de integração e três atividades olímpicas: uma prova individual, uma mini-seção de pesquisa de campo e uma rodada de debates.

A prova continha problemas envolvendo sobre traduções em irlandês, datas em guarani paraguaio e expressões numéricas em árabe. O rolezinho envolvia pesquisas sobre estruturas de reclamação em contexto de compra e venda, estratégias de articulação para falantes de português como L2, estratégias de indeterminação do sujeito na variação brasiliense, e estruturas imperativas em cartazes. E o debate tinha como temas o ensino de língua estrangeira no currículo do Ensino Médio, o uso de línguas artificiais para comunicação internacional, estrangeirismos no português, palavras intraduzíveis, e a relação entre língua e pensamento.

IOL 2017

A décima quinta edição da IOLaconteceu entre 30 de julho e 4 de agosto de 2017, na Dublin City University, em Dublin, Irlanda. O Brasil participou com os seguintes integrantes:

  • Cynthia Lacroix Herkenhoff (Instituto Federal do Espírito Santo | Vitória, ES)
  • Gustavo Palote da Silva Martins (Instituto Federal do Paraná | Londrina, PR) - (menção honrosa)
  • Pedro Lopes Bouças (Colégio Etapa | Valinhos, SP)
  • Thiago Lucas Faustino da Silva (Colégio da Polícia Militar de Goiás | Itumbiara, GO)

Em 2017, as questões individuais versavam sobre igualdades aritméticas na língua birom, possessivos em abui, sintaxe em kimbundu, escrita khom da língua lavene morfologia madak. A prova de equipe tratou sobre a correspondência de 87 emoji em indonésio.
A equipe foi acompanhada pelo líder Pedro Neves Lopes (Colégio Etapa).