EDIÇÃO PARAPLÜ

Pluvium é o mome em latim que originou o português chuva, o espanhol lluvia e o francês pluie. Em francês, o instrumento que impede a chuva de nos atingir foi batizado de parapluie (e em português, de guarda-chuva). O nome se espalhou por outras línguas, assumindo formas locais: paraplu em holandês, paraply em dinamarquês, paraguas em espanhol castelhano e paraiguas em catalão.

A forma que adotamos, paraplü, é a usada em papiamento, uma língua crioula falada no Caribe que se desenvolveu como uma mistura de português, espanhol, holandês e línguas africanas. Nela, chuva é chamada awaseru (aguaçeiro).

Nesta edição, esperamos que nosso paraplü abrigue tanta diversidade linguística quanto o papiamento agrupou, servindo como língua franca entre seus participantes, para trocas, interações e uma chuva de novas ideias.

PRIMEIRA FASE

A Primeira Fase da edição Paraplü aconteceu no sábado, dia 20 de Outubro de 2012, em todas as escolas participantes. Dessa edição participaram cerca de 750 estudantes, provenientes de 44 escolas, de 14 dos 27 estados da federação. Os problemas da primeira fase abordaram o sistema ColorADD, dois tipos de antônimos, uma transcrição fonética de Guimarães Rosa, o papiamento, topônimos de origem tupi e a relação entre tupi antigo e guarani mbya e os patronímicos em islandês.

SEGUNDA FASE

A Segunda Fase ocorreu entre os dias 21 e 26 de Maio de 2013, na Unidade Ana Rosa do Colégio Etapa, em São Paulo, SP – contendo palestras, um mini curso com o ilustre Boris Iomdim, da Olimpíada de Moscou, e as provas da segunda fase. Os 64 estudantes convidados foram selecionados a partir da primeira fase, com notas acima de 370 dos 600 pontos possíveis. A prova da segunda fase foi dividida em dois dias: no primeiro, questões sobre alfabeto moon, semântica do láadan e frases tonga; no segundo, questões sobre partitivo fínico, numerais manx e títulos de Jorge Amado em turco. A prova de equipes, por sua vez, envolvia organizar famílias linguísticas a partir de títulos de filmes em várias línguas. Como resultado, tivemos 8 medalhistas de ouro, 17 de prata e 25 de bronze. Além disso, quatro dos medalhistas de ouro compuseram a equipe brasileira que representou o Brasil na IOL 2013.

IOL 2013

A décima primeira edição da IOL aconteceu entre 22 e 27 de Julho de 2013 na Manchester Grammar School, na cidade de Manchester, Reino Unido. O Brasil participou com os seguintes integrantes:

  • Gabriel Alves da Silva Diniz (Colégio Etapa | São Paulo, SP) – medalha de ouro
  • André Navarro Barros (Colégio Etapa | São Paulo, SP) – menção honrosa
  • Murilo Dória Guimarães (Colégio Etapa | São Paulo, SP) – menção honrosa
  • Marvin Ariel Dias Santos (IF Sergipe | Lagarto, SE)

Em 2013, as questões individuais versavam sobre morfologia da língua yidiny, semântica do iucaguir da tundra, fonologia do pirahã, sintaxe da língua muna e telepatia baseada na língua inglesa. A prova em equipes, por sua vez, esperava que os alunos traduzissem uma lista de 100 títulos influentes, escirta na língua georgiana usando o alfabeto nuskhuri, usado no século IX. Além das medalhas, o estudante Gabriel Alves da Silva Diniz foi agraciado, junto com Nilai Sarda (Índia) com o prêmio de melhor solução da questão 5 (telepatia).

A equipe foi acompanhada pelo líder Robson Carapeto (Escola Alemã Corcovado).